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Bullying: Como identificar e combater essa prática nas escolas

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14 de Outubro de 2024

Como combater o bullying nas escolas
14:34

Dificilmente se passa muito tempo sem escutar sobre bullying e outros assuntos relacionados a conflitos e problemas de violência em escolas. 

A atenção que o assunto recebe da mídia representa as preocupações e as dúvidas que o tema gera. 

A falta de informação generalizada ou o excesso de informações desencontradas pode tornar o bullying um problema ainda maior. 

No Jornal Atual deste mês, traremos conteúdos embasados e validados sobre o tema.

 

O que você vai ver neste post:

O que é bullying?

O que é bullying relacional?

O que NÃO é bullying?

O que falam as Leis 13.185 e 14.811?

Entenda as consequências do bullying e cyberbullying na esfera escolar

Protocolo de combate ao bullying na Escola Atual

Meu filho está sofrendo bullying. E agora?

#DicaAtual 1

Meu filho está fazendo bullying com um colega. O que faço agora?

#DicaAtual 2

Meu filho presenciou uma situação de bullying entre colegas. O que eu faço agora?

Atitudes que promovem a PREVENÇÃO do bullying

Acesse o jornal completo da Escola Atual

 

 

Boa leitura!

O que é bullying?

Não existe tradução para o português, o termo em inglês "bullying" é derivado da palavra "bully" (tirano, brutal). É caracterizado por atos de violência física ou psicológica, de forma sistemática, constante e intencional, contra uma pessoa ou um grupo. 

Esses atos podem ser de intimidação, humilhação, agressão física ou verbal, opressão ou exclusão e podem ocorrer em qualquer lugar onde haja contato interpessoal, dentre eles, a escola.

 

O que é bullying relacional?

O bullying relacional refere-se a formas de agressão que não envolvem necessariamente violência física, mas que visam prejudicar emocionalmente a vítima. 

Isso pode incluir espalhar rumores, excluir alguém de um grupo de amigos de propósito, ignorar ou silenciar alguém de forma intencional e manipular ou sabotar relacionamentos. 

Esse tipo de bullying é mais comum em ambientes sociais, como escolas e locais de trabalho, nos quais as interações sociais são mais frequentes. 

O bullying relacional pode ser difícil de identificar, pois muitas vezes ocorre subitamente e pode ser interpretado como "brincadeira" ou simplesmente como parte das dinâmicas sociais normais. 

No entanto, suas consequências podem ser graves, afetando a autoestima, o bem-estar emocional e, até mesmo, o desempenho acadêmico ou profissional da vítima.

 

O que NÃO é bullying?

É importante entender que nem todas as situações de conflito ou desentendimento entre alunos se enquadram como bullying. Nem todo comportamento negativo ou provocação constitui bullying. 

Algumas situações que não são consideradas bullying incluem:

  1. Conflitos pontuais: brigas ou discussões esporádicas entre alunos que não forem repetitivas ou sistemáticas.

  2. Disputas normais: competições amigáveis, como em esportes ou jogos, nos quais há consentimento mútuo e respeito pelas regras estabelecidas.

  3. Desentendimentos ocasionais: conflitos interpessoais que surjam ocasionalmente e sejam resolvidos de maneira construtiva, sem que haja uma intenção de causar dano emocional ou físico.

  4. Críticas construtivas: comentários ou feedbacks negativos feitos de maneira respeitosa e que visem auxiliar o outro a melhorar, sem o objetivo de causar humilhação ou constrangimento.

  5. Brincadeiras amistosas: trocas de piadas ou brincadeiras entre amigos que sejam aceitas e recebidas positivamente por ambas as partes, sem causar desconforto ou constrangimento.

O bullying envolve um padrão repetitivo e intencional de comportamento agressivo, no qual há um desequilíbrio de poder entre o agressor e a vítima. 

Situações isoladas ou conflitos pontuais podem ocorrer em um relacionamento saudável entre os alunos, mas não são consideradas bullying.

 

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O que falam as Leis 13.185 e 14.811?

A Lei 13.185 de 2015, por meio do Art. 146, explica que o bullying é uma prática sistemática, individual ou em grupo, de intimidação por meio de violência física ou psicológica. 

No caso de adultos que praticam bullying contra crianças ou adolescentes, a legislação prevê multa como punição. 

Quando os agressores são adolescentes, eles respondem por meio de medidas socioeducativas nas Varas da Infância e Juventude. 

Já, no caso de crianças, os responsáveis legais são responsabilizados. Em 2024, a Lei 14.811 ampliou e criminalizou o bullying e o cyberbullying, as punições ficaram mais severas. 

Se a intimidação ocorrer pela Internet, redes sociais, aplicativos ou jogos, a pena é de reclusão de 2 a 4 anos, além de multa. 

Essa penalidade mais dura se justifica pela gravidade do cyberbullying, que, ao contrário do bullying presencial, torna-se mais difícil de ser evitado, uma vez que a vítima não pode se afastar fisicamente da intimidação, que se intensifica no ambiente virtual. 

A lei visa prevenir e combater o bullying em toda a sociedade, mediante a divulgação de campanhas de educação, bem como a conscientização, informação e implementação sobre o tema. 

Além disso, dispõe-se a estabelecer não só práticas de conduta e orientar pais, familiares e responsáveis na identificação de vítimas e agressores, mas também fornecer assistência psicológica, social e jurídica às partes envolvidas.

 

Entenda as consequências do bullying e cyberbullying na esfera escolar

As consequências da prática do bullying podem ser diversas e impactantes, tanto na esfera escolar quanto na social. 

Algumas delas incluem:

  • Impacto emocional: as vítimas de bullying frequentemente experimentam problemas emocionais, como ansiedade, depressão, baixa autoestima e até mesmo pensamentos suicidas. O agressor também pode sofrer emocionalmente devido a questões subjacentes que o levaram a praticar bullying;
  • Prejuízo escolar: O bullying pode interferir no desempenho escolar das vítimas, levando a problemas de concentração, queda no rendimento escolar e até mesmo evasão escolar;
  • Problemas de relacionamento: as relações interpessoais dos envolvidos podem ser afetadas negativamente, tanto no ambiente escolar quanto fora dele. Isso pode resultar em dificuldades de socialização, isolamento social e problemas de confiança;
  • Impacto físico: em casos mais graves, o bullying pode resultar em ferimentos físicos para as vítimas, causando dor e até mesmo danos permanentes à saúde;
  • Perpetuação do ciclo de violência: o bullying pode perpetuar um ciclo de violência, onde os agressores podem se tornar vítimas em outros contextos ou continuar a praticar comportamentos agressivos ao longo da vida. 

Essas são apenas algumas das consequências possíveis do bullying, destacando a importância de prevenir e combater essa prática de maneira eficaz.

 

Protocolo de combate ao bullying na Escola Atual

  • Identificação e reconhecimento do fato: a escola recebe a denúncia por meio dos alunos, professores ou até mesmo da família relatando o que está acontecendo. Com base nos dados, investigamos junto a todos os envolvidos (alunos, professores e pais) a veracidade dos fatos;
  • Apoio emocional e consequências: a escola, por meio de seu orientador educacional, oferece apoio emocional às vítimas e agressores, promovendo uma escuta ativa. Informamos sobre as consequências do bullying e incentivamos mudanças no comportamento. É importante lembrar que quando o bullying acontece, todos sofrem, o agressor (ator ativo), a vítima (foco principal) e a turma (ator passivo);
  • Aproximação com os pais: a escola realiza reuniões com os pais para discutir o problema, compartilhar estratégias e fornecer orientações sobre como lidar com o bullying em casa;
  • Intervenção: temos uma equipe focada no combate ao bullying junto aos alunos, promovendo o aumento da consciência e incentivando a empatia.

Na Escola Atual, desenvolvemos projetos contínuos para conscientização e prevenção do bullying, como os projetos “Turminha do Bem” e “Bullying não é Atual”. 

Por meio de diversas atividades, visamos promover a consciência, empatia e respeito entre os alunos, impedindo que tais práticas ocorram em nosso ambiente escolar. 

Trabalhamos diariamente proporcionando uma escuta ativa e o diálogo com alunos, professores e familiares para a escola ser percebida como um espaço acolhedor e saudável.

Exaltamos valores como respeito, empatia, amor e harmonia, e educamos nossos alunos para agirem de maneira positiva em todas as esferas da vida. O bullying não é tolerado em nossa escola, nem em qualquer outro espaço social.

 

Meu filho está sofrendo bullying. O que faço agora?

Primeiro, acolha seu filho e dê a ele a possibilidade de encontrar por si só a solução e, assim, desenvolver competências importantes relacionadas à inteligência emocional e à gestão de conflitos. 

Utilize alguma dessas perguntas: 

O que ocorreu? Como você se sentiu com isso? Como os outros foram envolvidos? O que você acha que causou isso? Que ideias você tem para resolver? 

Após uma conexão de qualidade com seu filho, oriente-o a procurar ajuda da Orientação Educacional da escola. 

Esses irão acolhê-lo e darão início ao protocolo antibullying. Acompanhe o caso e continue dando suporte ao seu filho até que a situação esteja resolvida. 

Mantenha a atenção e a comunicação aberta com ele para perceber se o equilíbrio já foi retomado. 

Caso o aluno apresente dificuldades de retomar a rotina com leveza, procure ajuda de profissionais capacitados para oferecer-lhe suporte psicológico adicional.

 

#DicaAtual 1

A prevenção é sempre o melhor remédio! Se você ainda não escutou de seu filho nenhuma fala ou reclamação relacionada ao tema, esse é o melhor momento para conversar. 

Tratar o assunto com leveza e seriedade, abrindo um espaço para o diálogo e cumplicidade, preparando o terreno para possíveis situações futuras.

 

Meu filho está fazendo bullying com um colega. O que faço agora?

Leve essa questão com seriedade, mesmo que seja a primeira vez que você perceba que seu filho possa ter esse tipo de atitude. 

Qualquer incidente é uma oportunidade para ensinar sobre os impactos de nossas ações em outras pessoas e refletir sobre os limites de brincadeiras e provocações. 

Também é bom reservar um tempo para uma conexão emocional com seu filho, buscar entender a razão por trás do comportamento, para, então, ajudá-lo a crescer com seus erros, incluindo ações de reparos. 

Uma mensagem clara deve ser passada: não existe valor ou nobreza alguma em alcançar reconhecimento, ou respeito de outras pessoas por intermédio de agressões, intimidações ou “cancelamentos”.

 

#DicaAtual 2

Essas conversas devem ser pautadas na leveza e na cumplicidade, lembre-se de que seu filho está com dificuldades de se sentir reconhecido ou de resolver, questões de maneira gentil e, de alguma forma, vê a utilização da violência, dos “cancelamentos” ou da intimidação como solução.

Repreendê-lo com hostilidade e autoritarismo pode aumentar o problema.

Meu filho presenciou uma situação de bullying entre colegas. O que faço agora?

Devemos ensinar nossos filhos a terem coragem de se posicionar diante de situações de injustiça. 

É muito comum adultos utilizarem as outras pessoas como exemplo para persuadir os filhos a praticarem atos que eles não querem: “Coloca o casaco, meu filho! Veja como todos estão de casaco. ”, “Coloca uma salada nesse prato, olha como o prato do seu amigo está colorido. ” 

Em algum momento, é necessário conversar com eles que é preciso coragem para ser diferente e sobre como, em algumas situações, divergir do grupo sobre o que é o certo a ser feito. 

Em casos de bullying, espectadores também podem se sentir ameaçados, ou podem buscar aceitação social, por isso ensiná-los a se posicionar e a buscar ajuda é uma ótima estratégia para essas duas perspectivas.

 

Atitudes que promovem a PREVENÇÃO do bullying

  • Ajudar a criança ou jovem construir diferentes círculos de relacionamento, além dos amigos da escola;
  • Ensinar que nosso valor e nossa essência não são definidos pelas opiniões de outras pessoas e que ações de intimidação, agressão e “cancelamentos” dizem muito mais sobre aqueles que as executam do que sobre nós mesmos;
  • Evitar brincadeiras, “zoações” e provocações em casa. Ensinar que brincadeiras só são saudáveis quando todos estão engajados e desfrutando. Em qualquer sinal de incômodo, a brincadeira deve cessar;
  • Auxiliar crianças e jovens a desenvolver estratégias de respostas equilibradas e saudáveis, caso sejam intimidadas ou hostilizadas, e principalmente a pedir ajuda e informar um adulto de confiança sobre o ocorrido.

Todos unidos contra o bullying nas escolas

A Escola Atual está comprometida em oferecer um ambiente que fomente o desenvolvimento das capacidades socioemocionais dos alunos. 

Toda a comunidade escolar deve manter-se atenta e empenhada nesta causa, pois não existe ensinamento maior do que ensinar sobre o equilíbrio entre a individualidade e a coletividade. 

Nossas crianças e jovens precisam de habilidades sociais e não de estigmas.

 

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Conheça o nosso jornal eletrônico, uma janela digital para mostrar tudo o que acontece na Escola Atual. 

 

Aqui, você encontrará uma maneira simples e intuitiva de se manter atualizado sobre os eventos, atividades e abordagens pedagógicas que moldam a nossa jornada educacional.

 

Desde os destaques das realizações dos nossos alunos até os projetos educacionais inovadores que estamos implementando, nosso jornal eletrônico é o seu guia para conhecer mais profundamente o trabalho da Escola Atual na construção de um futuro melhor.

 

Além disso, você terá acesso a artigos escritos por nossos educadores, compartilhando suas experiências e ideias, proporcionando assim uma compreensão mais profunda sobre a educação atual. 

 

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