Saiba mais sobre a importância da educação positiva, as consequências benéficas na formação dos filhos e como aplicá-la na prática. Confira!
Escolher a melhor forma de educar os filhos exige responsabilidade e pode ser um grande desafio para a família. De um lado, há quem adote uma postura mais severa e punitiva. De outro, há quem seja mais complacente e permissivo em relação às vontades e atitudes dos filhos. Mas você já ouviu falar da educação positiva?
Sem tender aos extremos, a educação positiva é uma forma de educar que busca equilíbrio, estabelecendo limites firmes e, ao mesmo tempo, incentivando a liberdade e a autonomia da criança.
Tendo em vista a importância desse método e as consequências benéficas na formação dos filhos, explicamos sobre a educação positiva e como aplicá-la na prática. Confira!
Também chamada de disciplina positiva, essa forma de educar tem cada vez mais adeptos preocupados com a formação integral de seus filhos. Seu objetivo é educar com foco no afeto, na compreensão, no respeito e no aprendizado mútuo.
Diferentemente da educação tradicional, a positiva entende que castigos ou chantagens, por exemplo, não são construtivos para o bom desenvolvimento da criança.
Por isso, a educação positiva dá ênfase ao melhoramento da autonomia, do otimismo, da autoconfiança e de outras habilidades que preparam a criança para a vida. Tudo isso sem deixar de estabelecer limites firmes e regras sólidas.
Além disso, a educação positiva age na esfera socioemocional do indivíduo e gera melhorias cognitivas. Nesse sentido, melhora o desempenho escolar, o convívio com as pessoas e fortalece o vínculo entre os filhos e demais membros da família.
Para você que se identifica com esses valores, mas não sabe por onde começar, nós mostramos abaixo algumas maneiras de aplicar a educação positiva. Veja!
Estimule seu filho a pensar sobre as próprias atitudes, sobre as situações cotidianas e outras questões que o façam refletir.
Faça perguntas incentivando-o e ajudando-o a participar da resolução de problemas do dia a dia, e estimule-o na construção de independência e autonomia.
Na prática, você pode, por exemplo, incentivá-lo a se comunicar verbalmente e a expressar suas emoções.
Outro exemplo é: em vez de proibi-lo de fazer algo, como assistir à televisão até tarde, faça perguntas, estimulando-o a pensar nas consequências desse ato.
Leve-o também a questionar o quanto seus desejos devem ser atendidos e se há possibilidade de negociar. Essas ações, dentre outras, vão ajudar a desenvolver o pensamento crítico nele.
Cumprir o que diz, não mentir e não realizar chantagens ou subornos são alguns modos de como a família deve agir.
Afinal, é dando exemplos que você poderá esperar que seu filho também aja assim, pois muito do que os filhos fazem é uma reprodução do que veem os familiares fazendo.
Não apenas diga o que ele deve ou não fazer, mas aja com sinceridade, pois é por meio do comportamento da família que os filhos aprendem.
Além disso, é importante entender que a chantagem atua como uma maneira de naturalizar a corrupção.
Já os valores construídos de maneira sólida não têm relação com ações de suborno. Um exemplo disso é quando os pais negociam comportamentos em troca de presentes.
É importante ressaltar que um bom comportamento não deve ser premiado, pois corre-se o risco de a criança não reconhecer o real sentido do bom comportamento e só agir de maneira positiva pelo interesse de ganhar algo.
Para a educação positiva, os limites são benéficos, servindo como um aprendizado para a resiliência e para lidar melhor com os problemas. Por isso, estabeleça combinados e regras firmes.
Seja claro ao estabelecer um acordo e não ceda a choros, birra ou insistência. Para além da obediência, seu filho vai aprender a reagir de modo positivo em situações adversas, a superar frustrações e a assimilar noções de responsabilidade e comprometimento.
No começo pode ser bastante difícil, mas, se o ambiente for de colaboração e confiança, seu filho vai entender e, logo, não recorrerá mais a choros e birras para conseguir o que deseja.
Críticas não devem recair sobre a criança, mas nas ações. Explique por que o que ela fez é inadequado ou por que isso causou algo desagradável no outro. Se a criança, por exemplo, der apelidos ofensivos aos colegas, explique como isso pode causar tristeza a eles.
Em vez de repreender com dizeres como “você é um menino mau”, por exemplo, colocar a crítica na ação o fará entender as consequências do seu ato e que ele deverá corrigir o erro. Além disso, a criança aprenderá a pensar mais no outro, desenvolvendo empatia e respeito.
Nesse sentido, o foco da educação positiva não está na punição ou no castigo, que criam na criança o medo de errar, impedem a criatividade e geram estresse.
O mais importante está na correção e no entendimento de que as falhas podem ser uma oportunidade para aprender e melhorar.
Reconheça o bom comportamento do seu filho e elogie o esforço dedicado em suas atividades.
Esse reconhecimento fará com que a criança encare a vida com a mesma dedicação, valorizando as qualidades e as boas atitudes trará autoconfiança e otimismo que irão fortalecê-lo para que seja uma pessoa realizada futuramente.
O diálogo é um dos grandes pilares na educação positiva. Converse, explique e escute, de modo que todos na família participem.
Quando a criança é ouvida, ela se sente importante e se reconhece como parte daquele contexto. Assim, o valor do respeito mútuo é enaltecido, criando conexão e fortes vínculos familiares.
Como você pode observar, com algumas atitudes é possível aplicar a educação positiva no dia a dia, trazendo enormes benefícios para o desenvolvimento socioemocional e cognitivo do seu filho.