Saiba que existe vantagens tanto para os pais quanto para os filhos começarem desde cedo a trabalhar essa linha de raciocínio.
Os papais e mamães sejam eles de primeira, segunda ou terceira viagem sabem que o processo de criação e educação dos filhos é desafiador. As interferências externas de familiares podem influenciar na formação do caráter das crianças. Muitas vezes pela falta ou a pouca experiência, os pais buscam meios de educar os pequenos de modo a assegurar um desenvolvimento emocional e social equilibrado.
A Educação positiva visa trabalhar com as crianças a metodologia do afeto e da comunicação, sem punições. Portanto, se você se interessou no assunto, vamos adentrar mais esse conceito bem como seus diferenciais e vantagens. Além disso, daremos algumas dicas de como aplicá-la do dia a dia das crianças. Boa leitura!
Pode-se dizer que na geração X (Nascidos na década de 80), o conceito de educação pelos pais era definido pela relação “eu mando e você obedece”. Com o passar dos anos e com o acesso a informação e internet, esse processo passou a ser mais saudável e houve uma evolução no modo se relacionar com os filhos. Segundo o blog Clubeauge, essa nova metodologia é um método criado pela psicóloga, educadora e mãe Jane Nelsen. “Ela tem como principal fundamento educar os filhos de uma maneira firme, mas gentil. O foco está no desenvolvimento do senso de responsabilidade, autonomia, cooperação e respeito próprio e por terceiros”.
Um filho é um vínculo para a vida toda e mesmo depois de adulto, é comum que os pais se sintam responsáveis por todo o seu comportamento, seja bom ou ruim. As memórias da educação infantil costumam ser conservadas e refletidas na postura da criança, do adolescente e na fase adulta. Muito do que os pais orientam se mantém vivo e os filhos se comportam de acordo com esses ensinamentos e exemplos. Dessa forma, os pais, cada vez mais adeptos dessa educação, incluem os filhos em um universo de respeito e empatia. Ou seja, eles mostram onde estão errados, quais as consequências de seus atos e como eles afetam a si mesmos e o meio onde vivem.
Os filhos são convidados a refletir sobre os conflitos e a encontrar juntos uma solução que seja adequada e que traga harmonia no convívio. Com isso, os castigos e a educação unilateral cedem lugar para a troca construtiva, que torna a criança protagonista de seu próprio desenvolvimento.
A ideia da educação positiva é fazer com que os filhos tenham mais autonomia e responsabilidade. Ao mesmo tempo, contudo, sem deixar de impor os limites e as regras necessários em cada fase do crescimento. A ênfase na autoconfiança não é desejar que o filho resolva sozinho os seus problemas. Mas, mostrar que ele é capaz de enfrentar as dificuldades e lidar com as emoções, apresentando as possibilidades para juntos encontrarem a solução mais adequada. Veja alguns efeitos da educação positiva!
A missão dos pais é contribuir para que os filhos se tornem cidadãos de bem e adultos confiantes. Estimular a reflexão sobre as atitudes e os acontecimentos à sua volta vai possibilitar melhor desenvolvimento emocional. Os pais podem usar a educação positiva, priorizando o diálogo, para mostrar as diferenças entre o certo e o errado, ajudar o filho a analisar um comportamento ruim ou melhorar as dificuldades de relacionamento. Muitas crianças, com medo de serem punidas, adotam uma postura defensiva e, às vezes, até agressiva.
A educação positiva encoraja as crianças a serem mais independentes e terem autonomia. Com isso, deve-se incentivar as pequenas atividades domésticas, as próprias escolhas, a percepção dos erros e o posicionamento diante de fatos. Tudo isso com acompanhamento e orientação. O importante é que a criança se sinta amparada, mas entenda que é responsável diretamente por seus comportamentos e atitudes.
Quando as crianças se sentem acolhidas e respeitadas, tendem a expressar mais facilmente seus sentimentos. Assim, dizem o que pensam e expõem opiniões sem medo de críticas ou de serem repreendidas. Além disso, na escola e em sociedade, a tendência é que as crianças tenham maior controle emocional e afetividade para lidar com situações de conflito que envolvam o Bullying, a negativa, a disciplina e a obediência.
A educação imposta por castigos e medidas autoritárias produz medo em vez de respeito. Quando isso acontece, as crianças podem ter dois tipos de comportamento — se retrair ou se encorajar para o enfrentamento. Nenhum dos dois em excesso fará bem para o desenvolvimento dela. Caso a repreensão seja necessária em algum momento, que se aplique de forma enérgica, mas educativa. As crianças absorvem e aprendem rápido qualquer tipo de informação e a correção. Elas não precisam de gritos, xingamentos ou castigos.
Qualquer criança que cresça em um ambiente onde não exista a cultura do medo, da obrigatoriedade injustificada e da violência verbal, se sentirá mais segura. Desta forma, terá um comportamento amoroso e alegre com toda a família, amigos da escola ou em lugares públicos. E, ainda, saberá demonstrar afeto, se abrindo para recebê-lo de volta.
Embora o papel dos pais seja de educar, orientar e direcionar o comportamento dos filhos para um crescimento saudável, tudo pode acontecer em um cenário de amor, respeito mútuo, compreensão e coletividade. Saber que os pais não vão aplicar correções drásticas e que são abertos ao diálogo vai fazer com que os filhos se sintam à vontade para falar sobre qualquer situação e encontrem neles um porto seguro. Assim, pais e filhos mantêm o vínculo afetivo entre eles fortalecido.
Antes de pensar em como aplicar a educação positiva na rotina dos filhos é essencial conhecer o comportamento e o que os leva a agirem desse ou daquele jeito. Será mais fácil desenvolver uma relação de respeito se você souber como lidar com suas atitudes.
Educar com base no amor, no carinho e na segurança vai produzir nos filhos os mesmos sentimentos. Assim, eles terão mais facilidade para exprimir o que sentem sem precisar isolar-se ou conter as emoções.
Envolva as crianças em todas as atividades da casa, atribuindo responsabilidades e ensinando-as a descobrir e a desenvolver habilidades. Permita que elas falem e ouça atentamente o que têm a dizer.
Dessa forma, elas aprenderão a importância de falar, mas também de ouvir. Não negocie ou condicione a realização de uma tarefa em troca de algo que a criança mais goste. Ela precisa entender que existem obrigações que devem ser cumpridas independentemente de receber algum bônus por isso.
Mantenha o tom de voz firme, mas brando. Assim, seus filhos vão entender que a autoridade não se conquista com voz elevada. O diálogo, com argumentos sólidos é o caminho de um progresso educacional equilibrado.
A educação positiva defende a comunicação não-violenta e estimula o diálogo no dia a dia, com direito a falar e ouvir, respeitar as opiniões alheias e desenvolver uma convivência com senso maior de colaboração entre todos.
Fonte: clubeauge.com.br